O que é a atualização Shapella da Ethereum?
Tudo sobre a atualização Shapella da Ethereum e seu impacto na principal rede de contratos inteligentes.
Uma explicação sobre a transição da Ethereum para Proof-of-Stake e por que foi uma atualização tão significativa. Se você quer dominar a Ethereum, precisa entender a importância do Merge. Mas não se preocupe, estamos aqui para ajudar.
✨ Merge se refere à atualização da Ethereum em setembro de 2022, mudando seu mecanismo de consenso de Proof-of-Work para Proof-of-Stake.
✨ Merge melhorou drasticamente a eficiência energética da Ethereum ao reduzir a emissão do seu token ETH, a criptomoeda Ethereum.
✨ Essa atualização histórica foi aclamada como um momento histórico para o ecossistema de tokens.
Em setembro de 2022, a Ethereum concluiu a atualização mais significativa de sua história. A blockchain mais usada do mundo implementou o Merge (fusão, em português), fazendo a transição de Proof-of-Work (prova de trabalho, em português) para Proof-of-Stake (prova de participação, em português), uma atualização importante que foi discutida desde 2014.
A transição da Ethereum para Proof-of-Stake marcou um novo estágio na vida da blockchain e espera-se que tenha um impacto significativo no ecossistema mais amplo por muitos anos. Neste artigo, explicamos como ela funciona e por que é uma atualização tão importante.
A Ethereum foi lançada em 2015 com um mecanismo de consenso de Proof-of-Work, semelhante ao que o Bitcoin usa para verificar as transações. No paradigma Proof-of-Work, os mineradores da Ethereum eram responsáveis por resolver problemas computacionais e adicionar novas transações aos blocos. Eles recebiam recompensas em ETH, a moeda Ethereum, por manterem a integridade da rede.
Embora o Proof-of-Work tenha funcionado para a Ethereum nos últimos sete anos, ele tinha algumas desvantagens em comparação com o mecanismo Proof-of-Stake. Basicamente, o consumo de energia das plataformas de mineração de Proof-of-Work é muito alto, e o custo do hardware de mineração impede que as pessoas participem.
Após a transição para Proof-of-Stake, a Ethereum passou a contar com validadores que fazem staking de tokens para verificar transações e adicionar novos blocos à cadeia. Os validadores da Ethereum devem depositar 32 ETH na rede principal para executar um servidor — ou podem depositar uma quantidade menor de criptomoedas Ethereum em plataformas de staking, como Rocket Pool ou Lido.
Existem atualmente 26,2 milhões de ETH bloqueados em staking, no valor de US$ 49 bilhões, tornando a quantidade de fundos que garante a segurança da Ethereum maior do que a capitalização de mercado geral da maioria de seus concorrentes.
Um dos principais benefícios do Merge é que ela reduziu o uso de energia da Ethereum. Segundo estimativas da Fundação Ethereum, o mecanismo Proof-of-Stake da Ethereum hoje é 99,95% mais eficiente em termos de energia do que Proof-of-Work. Em vez de depender de máquinas de mineração pesadas, a Ethereum hoje é validada por stakers que podem executar um servidor de validação a partir de dispositivos tão pequenos quanto um Raspberry Pi.
Além de reduzir o consumo de energia da Ethereum, Proof-of-Stake também muda a narrativa em torno da rede. Nos últimos anos, o Bitcoin tem sido criticado por sua dependência da mineração que consome muita energia, o que gerou críticas à Ethereum e, especificamente, aos NFTs. Com a mudança para Proof-of-Stake, a tecnologia em rápido crescimento conquistou mais aceitação e posicionou a Ethereum como uma central de inovação tecnológica.
Como muitas blockchains mais recentes usam Proof-of-Stake e consomem menos energia do que a Ethereum, a mudança para se tornar mais eficiente em termos de energia já estava prevista.
Antes, a Ethereum pagava recompensas em ETH, a criptomoeda Ethereum, aos mineradores de forma a incentivar à proteção da blockchain. Consequentemente, a oferta de ETH aumentava em aproximadamente 3,5% ao ano.
Com Proof-of-Stake, as emissões de ETH estão próximas de 0%. Os validadores da Ethereum hoje podem esperar ganhar aproximadamente 4,5% da APR (Annual Percentage Rate ou taxa percentual anual) em troca de comprometer sua moeda Ethereum para proteger a rede. Mas, como o EIP-1559 queima a taxa base em cada transação na Ethereum, as emissões totais se aproximam de 0%.
Pesquisas calcularam que, com atividade suficiente na rede, a criptomoeda Ethereum poderia se tornar um ativo deflacionário. Esse desenvolvimento beneficiaria os detentores de ETH e, teoricamente, poderia aumentar o preço à medida que se tornasse mais escasso. Isso tornaria a rede mais segura, pois fica mais caro realizar um ataque.
Para se ter uma ideia, a cotação da Ethereum em dezembro de 2023 estava em US$2.228,21, já o valor de Ethereum para real estava em R$10.760,36.
Além de a Ethereum hoje ter se beneficiado imediatamente do Merge, a atualização também preparou a blockchain para o sucesso a longo prazo. Isso porque ela permite o sharding (divisão da rede em várias redes menores), com a Ethereum adicionando 64 novas blockchains para distribuir o tráfego da rede principal da Ethereum. O sharding é a próxima grande atualização após o Proof-of-Stake. Com a ajuda de soluções de escalabilidade da Camada 2, como ZK-Rollups, espera-se que o sharding aumente a disponibilidade do espaço de blocos da Ethereum e, finalmente, aproxime a Ethereum da adoção em massa, tornando a blockchain mais escalável. Se sente que está a par do que foi o Merge, siga agora para o nosso app e confira a Coleção que temos sobre os Projetos notáveis da rede Ethereum para expandir o seu conhecimento sobre a principal rede de contratos inteligentes e todos os seus componentes.
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